O capítulo a parte vem para que entendam afinal quem sou. Na verdade isso será mostrado efetivamente durante os capítulos que se seguirão. Não acredito na possibilidade de que alguém resuma todas as suas marcas, seus hábitos, seus gostos, seus vícios... em um só capítulo. Enfim, às meramente apresentações formais:
Chamam-me de Tom. Gosto da possível assimilação com o grande mestre. Nem sei se é esta a causa de meu nome. Se for, agradeço à minha mãe, que Deus a tenha. Ela sofreu a consequência desta maldita loucura que vem assolando o país. Meu pai, nem o conheci. Hoje, quem se importa? Minha falecida amada pôde ser para mim um pai, uma mãe e uma grande amiga, reunidos em uma só face.
Quando mais novo sofri muito a falta de meu pai. Sempre há uma fase crítica em que questionamos tudo aquilo de ruim que a vida nos deu. Sempre há uma fase em que só olhamos para cada um dos nossos defeitos, do que poderia ser melhor em nós e em nossas vidas e sofremos por isso e achamos que Deus nos odeia e que as coisas nunca irão melhorar. No final... Passa. Tudo passa. Não importa o quão mal estejamos, ou o quão difícil seja enxergar uma outra vida no futuro, uma vida feliz e sem problemas... Ela vem. Digo por ter passado por momentos em que foi dificílimo aguentar e, aguentando, ter passado por momentos que ficarão gravados em minha mente, não importa quanto tempo passe, muitos deles sobre os quais ainda escreverei.
Enfim, aquilo que eu pretendia manter um curtíssimo parágrafo que lhes disesse apenas meu nome acabou em um exagerado desabafo. Perdoem-me os leitores, às vezes inverto os papéis e o livro acaba sendo verdadeiramente escrito pela pena em minhas mãos, tornando-se o autor mero objeto intermediário.
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